sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Otite canina- o que é?

Recebe o nome de otite a inflamação no conduto auditivo. A gravidade da afecção vai depender da câmara auditiva afetada, sendo mais grave quando afetar o ouvido interno.

Anatomicamente, o ouvido pode ser dividido em três partes:
  • Ouvido externo: abrange o pavilhão auricular, meato acústico externo (canal auditivo externo) e o tímpano;
  • Ouvido médio: nesta região do ouvido, são encontrados três ossículos, martelo, estribo e bigorna. Estes são interligados entre si e funcionam como meio de ligação com o ouvido interno. Nesta região também é encontrada a Trompa de Eustáquio (liga o ouvido médio a faringe);
  • Ouvido interno: é a parte mais sensível e mais especializada. Nesta região são encontrados os canais semicirculares, a cóclea  e o nervo acústico, todos, juntamente, ligados ao sistema nervoso central.
Sendo assim, a otite recebe nomes diferentes: otite externa (quando afeta o ouvido externo), otite média (quando afeta o ouvido médio) eotite interna (quando afeta o ouvido interno).
Esta enfermidade pode ser causada por diversos fatores, como:
  • Infecciosas: quando causada por bactérias, vem acompanhada de pus. Pode haver a necessidade da colheita de material para analisar e determinar qual o microrganismo para a prescrição doantibiótico correto.
  • Parasitária: causada por ácaros, como sarnas e carrapatos.
  • Fungos: semelhante à otite bacteriana, mas o agente causador é um fungo.
  • Excesso de produção de cera (seborreica): alguns cãesproduzem cera em excesso, e esta, não é eliminada, gerando uma fermentação, que produzirá um odor fétido e uma posterior inflamação.
  • Predisposição racial: cães que possuem orelhas grandes e/ ou peludas, como por exemplo, os cães da raça Cocker, Teckel e Bassete Hound, têm maior probabilidade de desenvolverem otite, pois há um abafamento na região do ouvido devido à falta de circulação de ar que favorece a multiplicação de bactérias.
Os sinais clínicos que são mais evidentes são: coçar ou esfregar o ouvido afetado no chão, balançar a cabeça e pendê-la para o lado afetado, pode haver a presença de uma secreção purulenta, indicando que a otite já está instalada e latente.
O tratamento inicia-se pela limpeza do ouvido, ato que muitas vezes, em casos de otite externa, pode resolver o problema. No entanto, quando a infecção já atingiu ouvido médio e interno, o tratamento é mais intenso, sendo necessário o uso de antibióticos, por via oral ou parenteral. Pode ser feito também o uso de produtos tópicos (pingando o produto no conduto auditivo). Nos casos crônicos, onde há uma estenose do conduto auditivo, a única alternativa é a ablação do conduto auditivo.



Fontes:
http://dogdicas.com.br/o-que-o-dono-nao-ve/otite-canina-causas-diagnostico-e-tratamento
http://tudoparaseupet.blogspot.com/2008/02/otite-em-ces.html
http://www.hospvetprincipal.pt/otites.htm
http://www.saudeanimal.com.br/artig117.htm
http://www.infoescola.com/doencas/otite-canina/


domingo, 19 de fevereiro de 2012

Faça você mesma, caminhas de PVC: baratas e resistentes

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(Leash)ure Bed – Images: The Barkitect
Estas caminhas feitas com canos de PVC, são práticas, higiênicas e fáceis de fazer.
São muito utilizadas em canis e abrigos americanos.
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Elas são usadas em larga escala em abrigos dos EUA e da UE
por apresentarem inúmeras VANTAGENS:
-São de uso ortopédico, excelente para animais com problemas de articulação, quadris, animais idosos e pesados.
-Por ser elevada facilita para estes animais o ato de deitar, levantar e sair da cama, diferente das almofadas
-Evita a formação de calos
- É uma excelente opção para animais com incontinência urinaria (veja na imagem) :

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Veja como ela funciona com cães com incontinência. Coloque um bandejão sob a caminha para aparar a urina.
É prático e fácil de manter tudo limpinho.

- Podem ser facilmente higienizadas, colocadas diretamente debaixo da torneira com água , esponja e sabão, evitando assim mau cheiro, germes.
- Secam rapidamente
- São ventiladas permitindo a circulação do ar no calor
- No inverno é só colocar um colchonete quentinho
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- Por ser elevada ,evita a umidade e friagem do contato direto com o piso ,evitando a presença do fungo
- São leves e fáceis de erguer permitindo limpeza total do ambiente
- Resistente e duráveis.
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Veja aqui o MATERIAL NECESSÁRIO para fazer uma caminha, que pode ser para seu cão ou doar a um abrigo.
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Canos juntas e terminais de PVC
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Lona ou tela,que permita ventilação e de fácil limpeza
Para fixar o tecido será necessário: furadeira e parafusos ou máquina de fixar parafusos ou máquina de costura.
Montagem do PVC :
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Com os canos cortados (o que você pode pedir para ser feito na loja onde comprar)
Una as juntas
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Faça um retângulo ou quadrado conforme preferir

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Verificando o tamanho rsss

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Montado os pés agora é hora de encaixar-los na moldura
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Desta forma
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O Tecido pode ser preso com parafusos
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Ou costurado
Assista ao vídeo explicativo (passo a passo) de como montar uma cama de PVC (está em inglês, mas as imagens dizem tudo.
Uma Observação IMPORTANTE:
Na hora de fixar o tecido no modelo com parafusos no canto observe :
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Forma CORRETA
Parafusos na beira evitando que o cão roa o tecido
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Forma ERRADA
O tecido que sobra o cão acaba roendo e estragando rápido a cama
Depois que pegar o jeito, é só soltar a imaginação e criar lindos modelos!!!
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Caso se torne um craque, que tal fazer um mutirão com amigos e doar para abrigos? PENSE NISSO! :)

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Os principais problemas de saúde do Shih Tzu

Atenção à saúde do seu Shih Tzu. Conheça os males considerados típicos do Shih Tzu e saiba também como diagnosticá-los e, quando possível, como preveni-los e tratá-los.
Veja com estes problemas a importância na hora de escolher o filhote, avaliar os pais, as consequências de acasalamentos mal planejados e porque o padrão da raça é importante.

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Atrofia Progressiva da Retina

Descrição: Doença hereditária que leva o cão à cegueira. Em geral, se manifesta quando ele tem a partir de 4 anos de idade.
Sintomas: Primeiro, o cão começa a dar sinais de não enxergar bem à noite, por exemplo colidindo em objetos ou relutando em sair para passear. Depois, passa a não enxergar direito até durante o dia.
Conseqüências: Perda gradual e total da visão.
Prevenção: Submeter o cão a exame clínico que detecta o mal antes que manifeste sintomas. Isso possibilita afastar os portadores da procriação, evitando a disseminação da doença.
Tratamento: não há.

Conjuntivite

Descrição: Inflamação da conjuntiva (membrana rosada da parte interna dos olhos) por trauma físico, químico ou por infestação de vírus, bactérias ou fungos. Cães que, como o Shih Tzu, têm olhos grandes e expostos costumam ser mais propensos ao problema.
Sintomas: Os olhos ficam úmidos, doloridos e com a conjuntiva vermelha. O cão pisca mais que o normal e demonstra sensibilidade à luz.
Conseqüências: Evolução para problemas oculares mais sérios, como úlcera de córnea.
Prevenção: Limpar periodicamente a região, prender os pêlos do topo da cabeça, para que não entrem nos olhos, e evitar que o cão fique exposto a outros agentes traumáticos, como produtos químicos ou objetos pontiagudos.
Tratamento: Dependendo da causa, com colírios e medicamentos sistêmicos antiinflamatórios e/ou antibióticos.

Dermatite

Descrição: Inflamação da pele gerada por diversos fatores, entre eles os parasitários, alimentares, hormonais ou ambientais.
Sintomas: Queda de pêlos, coceiras, vermelhidão na pele, descamação local e mau cheiro.
Conseqüências: infecção secundária da pele.
Prevenção: Manter o cão limpo e seco, oferecer ração de boa qualidade e evitar que ele fique exposto a produtos de limpeza, sobretudo aos de cheiro forte.
Tratamento: Com antialérgicos, antiinflamatórios ou antibióticos. Mas, para que o tratamento tenha maiores chances de sucesso, a causa deve ser detectada (há exames específicos) e eliminada.

Distiquíase e triquíase

Descrição: Problemas hereditários que se caracterizam, no caso da distiquíase, pelo nascimento de cílios em locais indevidos, como dentro dos olhos, e no caso da triquíase, pelo nascimento de cílios mal direcionados. Isso é, embora enraizados no lugar certo, viram-se para dentro dos olhos e os machucam.
Sintomas: Irritação na vista e lacrimejamento excessivo.
Conseqüências: Conjuntivite e úlcera de córnea.
Prevenção: O ideal é que os portadores não sejam acasalados.
Tratamento: Remoção dos cílios, o que requer técnica e uso de anestésico. Por isso, o recomendável é que a tarefa seja executada por veterinários.

Displasia renal juvenil

Descrição: O cão já nasce com a doença, que se caracterizada pelo não desenvolvimento adequado dos rins e conseqüente perda de capacidade de filtrar adequadamente a urina. O mal é hereditário.
Sintomas: O cão bebe muita água, a urina é bastante diluída na cor e ocorre em grande volume.
Conseqüências: Subdesenvolvimento e morte.
Prevenção: Afastar os portadores da procriação.
Tratamento: Com suplementos vitamínicos e em certos casos, com hemodiálise.

Insuficiência Hepática

Descrição: Alteração do funcionamento do fígado, causando a dificuldade de digestão e absorção dos alimentos. Suspeita-se que seja um problema hereditário.
Sintomas: Inapetência, emagrecimento brusco, letargia e urina escura.
Conseqüências: Em certos casos, morte.
Prevenção: Alimentação balanceada, porque, de forma geral, ajuda na saúde do fígado.
Tratamento: Com medicamentos que protegem o fígado (terapia hepatoprotetora), antibióticos e com rações medicamentosas próprias para esse mal.

Otite externa

Descrição: Infecção do conduto auditivo externo (entre o tímpano e as regiões menos profundas) gerada pelo acúmulo de cera, umidade, ácaros, fungos ou bactérias.
Sintomas: Mau cheiro, febre, apatia e coceira local. O cão também pode chacoalhar a cabeça ou mantê-la mal posicionada.
Conseqüências: Dor, irritabilidade e progressão para otite interna (do tímpano para regiões mais profundas) e labirintite.
Prevenção: Limpar os ouvidos periodicamente, protegê-las durante o banho e, após, secá-las bem.
Tratamento: Conforme o caso, com antibióticos, antifúngicos ou acaricidas, tópicos ou sistêmicos.

Sensibilidade alimentar

Descrição: Mal-estar devido à mudança brusca de alimentação.
Sintomas: Inapetência, diarréia em graus variados, queda de pêlo e seboréia.
Conseqüências: O cão emagrece, fica abatido e com a pelagem opaca.
Prevenção: Não mudar a alimentação do cão ou mudá-la de forma gradual.
Tratamento: Com medicamentos que combatam os sintomas e retomando à alimentação anterior.
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Consultoria: Alcione Alcides da Silva (veterinária há mais de 17 anos, mais de 300 Shih Tzus atendidos, e proprietário de exemplares da raça) e Carlene Snyder (diretora do comitê de saúde da raça do American Shih Tzu Club e criadora de Shih Tzu há mais de 30 anos).
Agradecemos aos entrevistados e também a Bernardo Perrone (veterinário). Reportagem: Rachel Rathier (Coordenação: Flávia Soares). Texto e Roteiro: Flávia Soares. Revisão técnica (intermediada por Fabio Bense): Completa – Eduardo Teixeira, Hilda Drumond, Maria Amélia dos Santos Snell e Regina Lucia Perrone. Parcial – Alcione Alcides da Silva e Carlene Snyder.
Fonte: Revista Cães & Cia
Clube ShihTzu

Mau hálito

Matheus não faz cara feia na hora de escovar os dentes Crédito: Kazuko Okawa
Matheus não faz cara feia na hora de escovar os dentes Crédito: Kazuko Okawa


Especialista revela que 90% dos casos são em função da placa bacteriana e tártaro.
Os donos de cães e gatos que não dispensam um beijo carinhoso de seus pets bem sabem o bafinho não muito agradável que eles manifestam. Mas ao contrário do que muitos imaginam, não é normal que os animais tenham mau hálito.
O problema é causado, em 90% dos casos devido à falta de higiene bucal, o que leva ao surgimento da placa bacteriana e tártaro nos dentes. De acordo com o médico veterinário Roberto Fecchio, especialista em odontologia, “apenas animais com algum problema bucal vão apresentar o mau hálito” e para evitar danos maiores, o ideal é que os pets tenham seus dentes escovados diariamente.
Além da escovação, o especialista também recomenda o uso secundário de produtos específicos para a limpeza dos dentes, como biscoitos, rações, brinquedos e até mesmo medicamentos que podem ser colocados na água do animal. Fecchio lembra que mesmo assim a escovação diária é fundamental, já que as bactérias levam em média 24h para se formarem. “A placa bacteriana se forma em decorrência de organismos que se unem à saliva e restos de alimento e grudam nos dentes. Essas bactérias fermentam, soltando gases, responsáveis pelo mau hálito. Para evitá-las, só com escovação, e desde filhotes”.
Mais do que prevenir o mau hálito, escovar os dentes do pet também evita o tártaro, ou a doença periodontal, infecção grave que, apesar de não ter cura, pode ser controlada com antibióticos. Ela facilita a entrada de bactérias na corrente sanguínea, que por sua vez, chegam ao coração do animal, rins, fígado, entre outros órgãos, sem falar na perda progressiva dos dentes. Nesses casos, o especialista explica que é preciso utilizar medicação, além da retirada imediata do tártaro dos dentes do pet.
Esse foi o caso de Matheus, um Lhasa Apso de 15 anos e meio, que precisou passar pelo procedimento recentemente. Além da limpeza, também foram retirados os dentes mais amolecidos, como explica a proprietária do animal, Cinthia Okawa. “Comecei a tratar tardiamente, pois quando os meus cães eram mais novos pouco se falava a respeito da higienização, mas hoje há mais informação e recursos disponíveis.”. Ela explica ainda que começou a se preocupar com a saúde bucal de seus pets depois que soube de um caso de infecção generalizada, que resultou na morte de um cachorro. “O cão do meu tio faleceu em decorrência de infecção generalizada, e como a boca é a parte do corpo mais ‘suja’, é muito provável que a infecção tenha sido originada por um ferimento no local”, acredita.

Escovação em cães e gatos

Mas engana-se quem pensa que apenas os totós precisam escovar os dentes. Curiosamente, os gatos também precisam da higienização bucal. E já que a tarefa não é muito simples em bichanos adultos, Fecchio explica que se acostumados desde filhotes, fica mais fácil, começando sempre colocando um pouco de pasta no dedo e esfregando cuidadosamente. E nada de utilizar produtos de higiene para humanos. O material é tóxico e pode causar intoxicações graves tanto em cães como em gatos. Para a tarefa, utilize escovas e pastas próprias para o uso veterinário.
O especialista também recomenda que a hora da escovação deva ser um momento de prazer e alegria para o pet, portanto, é preciso começar de maneira não agressiva, para que não seja uma experiência traumática e ele nunca mais queira escovar os dentes. “Uma boa dica é fazer bastante carinho no animal, conversar com ele e fazer um passeio ou dar um agrado após a escovação”, orienta.
Cinthia segue à risca as orientações veterinárias. Apesar de Matheus não fazer festa na hora da escovação, a proprietária explica que o animal já até sabe a hora de limpar os dentinhos. “Hoje meu cão sabe que quando ele termina o jantar, vai escovar os dentes e aceita sem nenhuma relutância”. Cinthia explica ainda que além do animal adorar o gosto da enzima que utiliza para a escovação, o carinho durante a limpeza é o principal atrativo para que ele não fique nervoso.
E para finalizar, Fecchio também alerta que uma boa forma de prevenção é levar os bichinhos anualmente a um especialista em odontologia par realizar exames mais específicos na gengiva, alterações na coloração do dente e raiz. “Ainda assim, sempre que os pets forem levados ao clínico geral é recomendável que o dono peça que o veterinário também analise a boca do animal”, orienta Fecchio.

Fonte: UOL Bichos
Clube ShihTzu

Como evitar o hábito de ingerir fezes

Apesar de ser relativamente comum que os cães comam fezes, seus donos ficam horrorizados com isso, preocupados e com muito nojo! Mas, para o cão, as fezes podem ser saborosas ou divertidas, ajudar a descarregar ansiedade e servir para chamar atenção.
Podem até funcionar como pretexto para o cão imitar os humanos, que recolhem os excrementos dele quando faz cocô.
Para lidar com tantas possibilidades, são necessárias estratégias distintas. De maneira geral, as dicas que daremos a seguir podem ser usadas tanto para evitar que o comportamento comece, quanto para controlá-lo.

Fezes apetitosas

Por mais incrível e nojento que possa parecer, é comum que os cães gostem do sabor de algumas fezes. Muitos deles adoram comer fezes de cavalo, de gato, e até de gente, e eles são saudáveis! Esse comportamento pode ser justificado do ponto de vista nutricional. Quase sempre há, nas fezes, algum alimento não totalmente digerido.
Por um lado, os cães com problemas digestivos desenvolvem deficiências nutricionais, o que pode alterar o apetite deles e torná-los mais interessados em fezes. Por outro, cães que não digerem completamente o alimento defecam fezes com mais restos de gordura e de proteína, ou seja, que são mais apetitosas.
Quando o cão come fezes, o ideal é que ele passe por uma consulta veterinária para avaliação de eventual deficiência nutricional ou digestiva. Recomenda-se também que as fezes dele sejam analisadas com o objetivo de detectar se há restos de proteína e gordura ou para verificar se há deficiência de determinadas enzimas.
É bom que a avaliação seja feita tanto com o cão “comedor de fezes” quanto com o cão que produziu as fezes que foram ingeridas, pois o problema estar num ou no outro.
Existem produtos, no mercado, para colocar na ração e deixar as fezes menos apetitosas. Alguns cães, porém, só param de comer as fezes enquanto esses produtos são adicionados. Quando o tratamento cessa, voltam ao hábito. Por isso, sempre recomendo seguir dicas comportamentais, como as dadas a seguir.

Por brincadeira

Alguns cães brincam com as próprias fezes e acabam comendo pedaços delas. Isso ocorre mais freqüentemente com filhotes, mas há adultos que continuam com o hábito por toda a vida. O comportamento também é mais comum em cães que ficam presos em locais pequenos e que dormem perto de onde fazem as necessidades.
A melhor maneira de evitar que o cão brinque com fezes é manter o ambiente limpo, livre de fezes e de urina. Procure também posicionar a caminha, o comedouro e a água do filhote no canto oposto ao do “banheirinho”.
Praticar brincadeiras e atividades físicas com o cão assim como deixar brinquedos ao alcance dele são iniciativas que ajudam a insistência em usar fezes para brincar.

Por ansiedade

Muitos cães só ingerem fezes quando estão ansiosos, geralmente por terem ficado sozinhos em casa ou por não estarem recebendo atenção de seus donos (ansiedade de separação).
Nesses casos, a melhor maneira de lidar com o problema é aumentar a atividade física do cão e tratar a ansiedade. Um dos tratamentos é chegar em casa sem fazer festa nem dar bronca no cão. Costuma ser exatamente o oposto do que as pessoas fazem.
Festejam o cão até perceber que ele comeu cocô. Aí passam a dar broncas. Agindo assim, só pioram o problema, pois, quanto mais eufórica e tensa for a chegada dos donos, mais o problema aumenta quando o cão é deixado sozinho.

Para chamar atenção ou por imitação

Muitos cães observam que o dono corre com grande interesse para recolher as fezes assim que são expelidas. Alguns deles tentam pegar as fezes antes que o dono consiga alcançá-las. O problema é que, em vez de jogá-las no lixo ou na privada, eles as engolem.
O truque para evitar essa competição é recolher as fezes calmamente, permitindo inclusive, que o cão as cheire. Para conseguir isso, recomendo oferecer um petisco bem gostoso, assim que o cachorro terminar de evacuar. Ao mesmo tempo, joga-se um produto bem amargo e não tóxico em cima das fezes. Desse jeito, após ingerir o petisco, o cão poderá cheirar as fezes sem se sentir atraído por elas. E o recolhimento delas poderá ser feito com calma, sem que o cão veja isso como uma competição.
Por receber petiscos como recompensa, o cão passará a fazer as necessidades mais vezes na frente do dono. Ótimo para poder recompensá-lo novamente e jogar o produto amargo em cima das fezes!

Por: Alexandre Rossi
Fonte: Cães & Cia

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Dicas de escovação para cães de pêlo longo


*O pêlo pode ser mantido longo ou curto. Uma opção é o corte filhote, que deixa seu cão com um aspecto mais “fofinho”.



* A pelagem precisa ser escovada com frequência. Dependendo da qualidade do pêlo, podem ser necessárias escovações diárias. Alguns shih tzus não precisam mais que uma ou duas escovações por semana.


* Os banhos devem ser tomados semanalmente, pois um pêlo limpo vai embaraçar menos.


* Se nós surgirem, umedeça-os com um pouco de condicionador canino (alguns usam condicionador humano mesmo) e, com os dedos, desembarace-os cuidadosamente. Fique atento a área atrás das orelhas e o interior das pernas (axilas), pois tendem a embaraçar mais facilmente.


* Desembarace o pêlo antes do banho, pois nós molhados são bem mais difíceis de desembaraçar.


* Antes de começar a escovar, misture água com condicionador e aplique sobre o pêlo com uma garrafa de spray. Use uma escova com cerdas de metal (os de plastico deixam o pêlo estático).


* Comece a escovação de baixo para cima: primeiro a barriga, depois as pernas. Deite o cãozinho num lado, separe o pêlo em camadas e escove o dorso, então vire-o e faça o mesmo do outro lado. Por último penteie o rosto, a cabeça e a cauda. Parta o pêlo no meio com a ponta de um pente ou agulha de croché. Então passe um pente fino para assegurar que não há nós.


* O pelo do shih tzu cai muito pouco. Apenas numa idade entre os 7 e os 14 meses é que o pelo cai bastante.  É nessa idade que o cachorro perde a pelagem de filhote e adquire a de adulto (que é mais fácil de cuidar... ainda bem!). Ai você vai ter que escovar, escovar e escovar! Mas calma, isso dura apenas algumas semanas. De qualquer forma, é sempre bom telefonar para o veterinário e comentar o fato de que o pelo está caindo muito. Pode ser apenas a troca de pelos, como também pode ser algo mais grave. Precaução nunca é demais!


Abaixo seguem instruções de como fazer aquele penteado característico do Shih Tzu:

a. O pêlo deve estar totalmente seco. Com um pente de cabo fino, parta o pêlo desde o canto exterior dos olhos . 
b. Prenda a mecha a alguns centímetros acima da cabeça. Agora vem o segredo: vendo a mecha de cima, pegue alguns poucos fios bem do meio e puxe-os pra cima. Isso é que faz a mecha entre os olhos ficar fofinha. Você também pode pegar um pente de cabo fino e puxar a mecha pra frente pra ficar mais fofo. 
c. Agora, separe uma mecha atrás da que você acabou de fazer e faça a mesma coisa. Use uma liga de borracha para prender a mecha. Agora você vai amarrar a mecha de trás na mecha da frente, novamente usando uma liga de borracha. Coloque uma terceira liga de borracha um pouco acima das demais, para dar mais firmeza.
d. Separe o pêlo em mechas pequenas e faça baby liss em cada uma delas. Penteie cuidadosamente para formar aquele semi-círculo característico. 
e. Para finalizar, aplique spray fixador, tomando muito cuidado com os olhos do cachorro. 


Separei videos ótimos sobre dicas de escovação. O cão que aparece no vídeo não é um Shih Tzu, é um Lhasa Apso, porém vale para todos nossos peludos!







Fontes : Canal do RonanMoraes
             Blog do Nero

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A importância do Pedigree

O pedigree ou Certificado de Registro Genealógico é um documento que tem o mesmo valor que um certificado de garantia de qualquer produto. Ele garante a procedência do que se está adquirindo. O comprador, através do pedigree, pode verificar se o criador do cão é sério ou se faz cruzamentos indiscriminadamente, além do que, no caso de se adquirir  um animal mestiço, o pedigree é a garantia da raça pura, o que significa que o vendedor do cão será responsabilizado e obrigatoriamente terá que indenizar o comprador. O que não pode ocorrer quando um cão não tem pedigree, pois o vendedor/criador, poderá alegar que o cão vendido foi um mestiço.
No Brasil criou-se um mito de que o pedigree encarece o filhote; criadores desonestos falam isso para o comprador para que eles realmente não queiram o pedigree. Isso ocorre, geralmente, porque o criador ou não tem o pedigree dos pais, portanto não pode registrar; ou porque ao registrar, ele assume a responsabilidade de estar vendendo um cão de raça pura e ,infelizmente, muitas vezes os cães são mestiços. O custo de um pedigree na SOBRACI é de R$ 25,00 (Vinte e cinco Reais) por filhote até 90 dias, ou seja, um preço que, com certeza, qualquer comprador pagaria na hora da compra para obter a garantia de raça pura.
O pedigree SOBRACI é, sem dúvida, o mais completo que existe. Nele você encontra 5 gerações (uma a mais que qualquer outro pedigree), para que você possa analisar os antepassados do filhote; local para acréscimo de Chip e DNA; nº da ninhada registrada: foto do cão e “impressão digital”; nome dos irmãos de ninhada; assinaturas do Presidente da entidade e do diretor genealógico. Alguns campos, como Chip, DNA, foto e “impressão digital” não é de preenchimento obrigatório, porém caso o comprador deseje, estas informações poderão ser acrescentadas por ocasião da transferência de propriedade.
Nos Estados Unidos da América, registra-se 1.450.000 cães anualmente, enquanto que no Brasil registra-se 90.000. O Brasil precisará de 16 anos para registrar o que os Estados Unidos registram em apenas 1 ano. Sabem por quê? Porque nos Estados Unidos os criadores registram seus cães imediatamente após o nascimento, pois não se compram cães sem pedigree. Portanto, quando for adquirir um filhote,  exija o pedigree no ato da compra. Na SOBRACI o pedigree é emitido no prazo máximo de 48 horas, então, quando o animal for comercializado ele já deve estar com o documento.
Se você exige o pedigree na hora da compra, você obriga os vendedores/criadores a registrar, ter  responsabilidade e, provavelmente, acabar com os desonestos. Isso é bom para o vendedor/criador e para o comprador, bem como, bom para o Brasil, pois, segundo estatísticas a cada 8 cães de raça pura nascidos no Brasil, apenas 1 é registrado.
Pense nisso na hora da compra. Se o vendedor disser que o cão com pedigree custa R$ 500,00 e sem pedigree R$ 300,00, você com certeza, está sendo enganado. 

Fonte: SOBRACI   


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Diferenças entre Shih Tzu e Lhasa Apso

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Poucas raças caninas são tão confundidas entre si quanto essas duas. Lhas Apso e Shih Tzu têm mesmo muito em comum. Não só na aparência, responsável pela surpresa de quem descobre que eles não são um único cão, como também na origem, em certos aspectos do temperamento e nos cuidados que exigem. Duas dessas semelhanças são determinantes do sucesso atual da dupla. Porte pequeno e pelagem vasta formam combinação promissora para um cão no mundo moderno. Rotinas atribuídas e a crescente escolha por moradias compactas acenam com simpatia para alternativas caninas práticas e portáteis. Elas se acomodam bem até nas menores casas, são fáceis de transportar e potencialmente mais baratas de manter. Quanto à cabeleira abundante, embora perca em praticidade para visuais mais básicos, é mais chamativa e lidera a preferência do público de cães pequenos.
O fato é que Lhasa e Shih Tzu vivem popularidade ascendente no Brasil. De 2000 a 2006, a produção de Lhasas oficialmente declarada na Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC) aumentou em quase 85%, passando de 2.639 filhotes nascidos para 4.848. Quanto à criação de Shih Tzus no mesmo período, teve o surpreendente crescimento de 440%: foi de 1.635 nascimentos para 8.838. Considerando-se apenas o ano passado, os dois, somados, representaram 15,52% de todos os cães de raça que nasceram e receberam pedigree da CBKC. Hoje, o Lhasa é o 4º cão do País em número de filhotes nascidos. O Shih Tzu é o 2º (à frente dele, apenas o Yorkshire).
O porquê de o Shih Tzu liderar a dupla não se sabe ao certo. O maior ou menor sucesso dessa ou daquela raça muitas vezes não pode ser estabelecido com precisão. Mas há pelo menos uma tese coerente para explicar a supremacia quantitativa do Shih Tzu, verificada não só no Brasil como em outros importantes centros cinófilos (veja quadro Nas grandes cinofilias). Embora os dois sejam pequenos, o Lhasa – em média – é maior (veja quadro Quem é quem). “Para o grande público, quanto menor, melhor; as pessoas querem um cachorro pocket, com isso, o Shih Tzu leva vantagem”, analisa o criador de ambas as raças Guilherme de Berrêdo Martins, do canil Axeram, de São Luís. Junte-se a isso uma faceta de temperamento. O Shih Tzu é um cão extrovertido. O Lhasa faz o gênero reservado. Muitas vezes, o conjunto de características dele é até mais adequado para o estilo de vida do futuro dono, mas a primeira impressão conta muito e é rapidamente divulgada pelo boca-a-boca. “Na maioria dos casos, o público se encanta mais com o cão festeiro, que vê o comprador e corre na direção dele abanando o rabo; esse é o Shih Tzu, não o Lhasa”, compara a criadora Ana Kramer, do canil Christal Kramer, do Rio de Janeiro, que há 11 anos se dedica às duas raças. “O Shih Tzu leva a fama de mais simpático”, conclui Eduardo Teixeira, ex-criador de Lhasas e dono do canil Prime Moon, do Rio de Janeiro, eleito o 3º melhor de Shih Tzu pelo ranking CBKC de 2006.

Temperamento Típico

Que ninguém rotule o Lhasa de antipático. Seu perfil comportamental tem um quê de guardião, atribuído ao passado de cão de alarme (veja De onde vieram). É esperado e natural que cães usados para a guarda não se comportem de forma muito receptiva a estranhos. O Lhasa típico, embora não seja agressivo, geralmente não é dado a intimidades com pessoas desconhecidas. Já o Shih tzu, aprimorado exclusivamente como cão de companhia, é o cachorro do Roberto Carlos: quer ter um milhão de amigos. “O Lhasa possui natureza desconfiada, o Shih Tzu vai com todo mundo”, compara a criadora britânica Judy Jones, de Birkenhead, na península Wirral, que se dedica a ambas ás raças há 13 anos. “O Shih Tzu recebe qualquer um com pulos e lambidas, não se pode esperar essa efusividade de um Lhasa”, pondera o veterinário e juiz cinófilo Luiz Paulo Raeder, de Curitiba. “Se a visita for assídua, ele até abana o rabo para cumprimentá-la, mas logo vai para o canto dele; se for um visitante eventual, o mais comum é que lata para anunciar a chegada da pessoa e depois fique indiferente”, resume Raeder, também criador das duas raças e dono do canil Raeder, o 2º melhor de Lhasas pelo ranking 2006 da CBKC. O Shih Tzu , há quem defina, tem personalidade ingênua. “Age como se conhecesse todos de longa data; é daqueles que levam a bolinha para o ladrão”, diverte-se Ana.
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Na intimidade do lar, essas facetas do temperamento também se manifestam. O Lhasa é o típico cão de um dono só. O Shih Tzu é o típico cão de família. Ainda que muitas vezes também eleja uma pessoa em especial, é mais discreto nas manifestações da preferência. “Ele até festeja um pouco mais o dono favorito, mas essa relação não parece a tônica da vida dele”, diz Teixeira. “O Shih Tzu é incrivelmente interativo com todos da casa, prestigia com entusiasmo um por um, ninguém se sente em segundo plano”, detalha o criador. Se o Shih Tzu estiver no colo do dono principal, ilustra Berrêdo Martins, e outro membro da família o convidar para brincar, o mais esperado é que ele vá de imediato. Com o Lhasa, o mais provável é que isso não ocorra.Ele é, sim, simpático e amigável com familiares, mas a tendência é que faça alguém se sentir a pessoa mais querida e indispensável do planeta. “Quando essa estiver em casa, é ao lado dela que o Lhasa estará; e, na maioria das vezes, não adianta chamá-lo, ele não sairá de perto do ser amado”, conta a criadora de ambas as raças Luciana Pombo, do canil Pombo´s Curitiba, 4º melhor de Lhasas pelo ranking CBKC de 2006. “Se você quer um cão só seu, tenha um Lhasa; comparado ao Shih Tzu, ele parece estabelecer um vínculo mais profundo com o dono número 1”, afirma Raeder. “Ele é completamente apaixonado por uma única pessoa”, concorda Berrêdo Martins.
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O Lhasa também é menos absorvente. Ainda que faça questão da proximidade com o dono, não solicita tanto atenção nem contato físico. “O Shih Tzu cutuca a gente pra ganhar cafuné, para subir no colo; o Lhasa até age assim de vez em quando, mas em geral deita ao nosso lado e sossega”, comenta Raeder. “É uma raça mais independente, menos carente”, endossa Judy. Daí ser comumente apontado como o melhor da dupla para quem precisa deixar o cão sozinho parte do dia. De qualquer forma, vale ressaltar, nenhum cachorro, de raça alguma, gosta de solidão. Se a ausência das pessoas for rotineira e prolongada, o melhor cão será sempre o de pelúcia.
Quanto ao convívio com crianças, há muitos casos felizes envolvendo as duas raças. Mas, se a idéia é providenciar um companheiro canino para a garotada, o mais indicado da dupla é o Shih Tzu. Sobretudo, se os donos mirins forem novos e cheios de energia. “Ele responde mais às brincadeiras; o Lhasa é um cão mais sério.”, observa Ana. “O Shih Tzu é mais tolerante, gosta de participar da bagunça e não demonstra se incomodar em ser carregado e levado de um canto para outro”, acrescenta Berrêdo Martins. O Lhasa não se deixa contagiar da mesma forma pela disposição infantil. “Ele fica olhando para o agito com um ar de ‘o que seria isso?’ e, na maior parte das vezes, ou não compartilha dele ou é breve nas participações”, completa Judy. Mas é bom que se saiba: acidentes podem ocorrer com ambos. Para começar, embora não estejam entre as raças pequenas de físico especialmente frágil, eles podem acabar machucados em quedas ou trancos mais bruscos. Além disso, mesmo o mais paciente dos cães tem limites. Se as crianças não forem educadas para respeitá-los e ultrapassarem a fronteira dos bons tratos, podem ganhar um chaga pra lá não só de Lhasas como também de Shih Tzus.
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Em comum, esses dois cães, ao contrario de muitas das raças pequenas, não tem nada de elétricos. Lhasa e Shih Tzu apresentam um grau de atividade moderado. Alternam momentos de energia com outros de pura calmaria. Entre os dois, o Lhasa muitas vezes é tido como levemente mais sossegado. Há vários relatos de exemplares da raça que nem demonstram alegria ao ver a coleira de passeio. “São caseiros e tranqüilos, não dão muita bola para caminhadas narua”, observa Ana. “Já o Shih Tzu, quando percebe que vai sair, fica todo contente, mas , em compensação, cansa rápido; ai empaca ou pede colo”, compara a criadora. A dupla também é abençoada com uma qualidade muito apreciada pelos donos: não são cães destruidores. Na infância podem, sim, aprontar algumas travessuras. Até nessa fase, porém, não estão entre as raças que certamente deixam suas marcar para posteridade em forma de moveis roídos e objetos estragados. E, quando adultos, salvo exceções, Lhasas e Shih Tzus se comportam com disciplina, virtude ainda mais relevante quando se trata de cães pouco predispostos a acatar ordens. Caso de ambos.
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No conhecido ranking de obediência canina publicado no livro A Inteligência dos Cães, de Stanley Coren, fica claro que o lema da dupla é finja-se de surdo sempre que preciso. Foram avaliadas 133 raças quanto à habilidade para aprender e cumprir comandos. Como houve casos de empate, estabeleceram-se 79 colocações. O Lhasa ficou na 68ª. O Shih Tzu, na 70ª. “Nenhum deles é realmente obediente”, conta Judy. “Se você der uma ordem que não seja interesse desses cães, eles a ignoram e obrigam a repeti-lá varias vezes.” Mas, deve-se reforçar: a teimosia dos dois, combinadas com a natureza bem – comportada, raramente gera problemas de convívio. “Eles não ficam fazendo o que não devem, simplesmente dispensam muitas orderns”, conclui Lucinana. Também não incomodam pelos latidos. Nenhum nem outro podem ser classificados como barulhento. O Lhasa, fiel aos tempos de cão de alarme é mais atendo a acontecimentos que fujam da rotina e late mais para sinalizá-los. “Ele pressente a chegada de visitas antes mesmo que toque a campainha e logo late para nos avisar; o Shih Tzu só percebe depois, e ainda assim, late pouco ou nada para recebê-las, comenta Ana. “O Lhasa late antes e por mais tempo, mais nada comparado àqueles cães frenéticos que fazem estardalhaço”, ressalta Berrêdo Martins.

Quem é Quem

Lhasa e Shih Tzu compartilham várias similaridades físicas: porte epequeno; formato corporal retangular (comprimento do tronco supera a altura na cernelha), orelhas pendentes e franjadas; cauda emplumada e virada para as costas; e pelagem vasta, com mesmo estilo de caimento. Os dois também existem nas mesmas variedades de cor: particoloridos (branco com outras cores) e sólidos (uma única cor). Mas é possível diferenciar as duas raças com precisão. Pelo menos, em se tratando de cães típicos, aqueles que se aproximam satisfatoriamente das exigências do padrão oficial. Confira.
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Riscos

Como se sabe, raças muito populares caem nas mãos de criadores de interesse exclusivamente comercial. Some-se a isso a grande quantidade de donos particulares sem qualquer preparo em técnicas de reprodução, mas que não pensam duas vezes antes para acasalar o mascote com o cachorro do vizinho. A matemática da criação não perdoa: o maior número de cruzamentos mal planejados é igual à maior incidência de exemplares com desvios físicos, temperamentais e de saúde. As duas raças já são vítimas da equação no Brasil. Há, em proporção significativa, exemplares de ambas com temperamento agressivo, com aparência atípica e com males genéticos. Mas os Shih Tzus de má qualidade, observam a maioria dos entrevistados, estão ainda mais pulverizados pelo País. “Ele virou o típico cão disponível em qualquer pet shop ou feira de filhotes, o que ainda não acontece com o Lhasa na mesma escala”, comenta Raeder. “Hoje, o interessado em comprar um Shih Tzu muitas vezes nem chega a pesquisar sobre os canis da raça, ele sai de casa, vê o cachorrinho numa vitrine e já resolve o assunto sem nem pensar na procedência do exemplar”, lamenta o criador.
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O Shh Tzu, também de forma mais notória que o Lhasa, tem sido alvo da velha e má miniaturização, comum em raças populares de pequeno porte e associada à fragilidade física e a problemas neurológicos. Ainda assim, especialmente providenciada por criadores despreocupados com o aprimoramento racial, mas engajados em atender à desavisada procura do público pelos menores cães. Já são rotineiras no mercado as ofertas de Shih Tzus “mini”, que chegam a pesar cerca de três quilos. Com o Lhasa, apesar de mais raras, elas também ocorrem. Nenhuma dessas raças tem variedades oficiais de tamanho. A nomenclatura mini assim como outras designações que sugerem a venda de espécimes particularmente pequenos, além de extra-oficiais, denotam pouca seriedade de quem as utiliza para fins comerciais. “Seja Lhasa, seja Shih Tzu, para adquirir um bom cão no Brasil, onde o plantel das duas raças está invadido por criadores pouco comprometidos com qualidade, é fundamental procurar canis renomados, que deixem claro o interesse em produzir exemplares saudáveis e de aparência e temperamento típicos”, aconselha a juíza cinófila Ana Beatriz Knoll, criadora de Lhasas desde 1983 3 dona do canil Excalibur Quest, de Valinhos, SP.

Rotina de Cuidados

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Para que um Lhasa ou Shih Tzu oestente a exuberante cabeleira dos exemplares de exposição, é preciso, antes de mais nada, boa carga genética. Tratamento cuidadoso vem em segundo lugar, mas é fundamental. A escovação deve ser diária ou espaçada por um dia. A pelagem do Lhasa, apesar de mais abundante que a do Shih Tzu, é considerada de manutenção mais simples. “Os fios são mais grossos, quebram menos e são menos sujeitos a nós; no Shih Tzu, a escovação requer mais suavidade”, compara Raeder. “No Lhasa, para quem abre mão da condição impecável dos cães de competição, é possível obter uma boa pelagem adotando escovações duas vezes por semana”, diz Berrêdo Martins. No Shih Tzu, pondera o criador, a freqüência sobe para três vezes por semana. Hidratações regulares também são realizadas em ambas as raças quando peludas. Boa parte dos criadores ainda mantém os cães com papelotes, pelo menos, em certas áreas da pelagem, como a do topo da cabeça e a do focinho. Para cães que não partiipam de exposições, o papelote pode ser dispensado, mas ainda assim é recomendado prender a pelagem dessas regiões. Os pêlos de cima da cabeça, quando soltos, entram nos olhos. “Podem irritar ou mesmo ferir a vista e estimulam maior secreção ocular, que por sua vez, mancha a região abaixo dos olhos”, explica Ana Kramer. Já os pêlos do focinho entram na boca e também se molham e se sujam quando o cão come e bebe água. Resultado: acabam quebrados e malcheirosos. Para preservá-los ao máximo, o uso de bebedouros tipo mamadeira é recomendado por vários especialistas. Com eles, o cão mata a sede sem encharcar a pelagem ao redor da boca.
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Desnecessário dizer que optar por cortes mais curtos é o passaporte para rotinas simplificadas. A conhecida tosa-filhote é a mais popular entre donos particulares. Os criadores também adotam em cães que não estão se apresentando em exposições. Caracteriza-se por deixar os fios com comprimentos entre cinco e dez centímetros e possibilita escovação semanal. Seja qual for o visual escolhido, Lhasas e Shih Tzus devem estar em dia com a chamada tosa higiênica. Ou seja, com pelagem ao redor do ânus e da genitália sempre aparada.
Quanto aos banhos, dê conforme o necessário. Vale lembrar que cães com branco na pelagem se sujam mais e acabam requerendo lavagens mais freqüentes. “Esses geralmente são Shih Tzus, cujos exemplares bicolores predominam no plantel atual; na criação de Lhasa, a maioria dos cães tem pouco ou nenhum branco”, comenta Teixeira.
Outros cuidados rotineiros necessários para ambas as raças são corte de unhas e limpeza de ouvidos, olhos e dentes. Por normalmente viverem em áreas internas e de piso não áspero, as unhas de Shih tzus e Lhasa muitas vezes não se desgastam naturalmente. Apará-la uma vez por mês costuma ser suficiente. Sobre os ouvidos, esses dois cães são sujeitos a inflamações no local. As orelhas pendentes e peludas abafam o duto auditivo, favorecendo a proliferação de microorganismos. Para evitá-la, providencie higienização semanal da região. A dupla também é vulnerável a problemas oculares, como conjuntivites. Manter a área ao redor dos olhos limpa e seca ajuda na prevenção do mal. O Shih Tzu, dono de olhos grnades e levemente protuberantes, é também particularmente propenso a ferimentos na vista. Portanto, lembre-se não só de prender os pêlos de cima da cabeça como de proporcionar ambiente seguro, desprovido de plantas espinhosas e de objetos pontiagudos. Já a dentição de raças pequenas é especialmente vulnerável à formação de tártaro e suas conseqüências. Para combatê-lo, o mais indicado é escovação dentária pelo menos uma vez por semana (com pasta apropriada ao uso canino; a humana costuma ser tóxica para cães).
No que se refere à necessidade de atividade da dupla, uma caminhada curta sem horário fresco é uma boa pedida. Mesmo assim, não é essencial. Lhasas e Shih Tzus são capazes de satisfazer a necessidade diária de exercício dentro de casa, até mesmo nas pouco espaçosas.

De onde Vieram

A semelhança entre esses dois cães não é fruto do acaso. Eles são parentes diretos. Pelosregistros disponíveis, o Lhasa surgiu há cerca de 800 anos em Lhasa, capital do antigo Tibete. Embora não se possa afirmar com certeza, sua origem costuma ser atribuída à mistura do tipo antigo de duas raças ainda hoje existentes, o Tibetan Terrier e o Tibetan Spaniel. Consta que o Lhasa vivia nos palácios e mosteiros, onde atuava como cão de alarme. Também chamado de Tibetan LionDog e Apso Seng Kye (cão leão sentinela de alarme), era considerado sagrado. Por isso, não podia ser comercializado, apenas oferecido como presente e símbolo de boa sorte. Alguns desses cães foram doados ao imperador chinês e passaram a viver na residência oficial da família imperial, a cidade proibida. Lá, os Lhasas acabaram se acasalando com outros cães do imperador, especificamente com Pequineses e talvez também com Pugs. Nascia o Shih tzu, mesclando características físicas típicas dos ancestrais. Do Lhasa, os traços herdados mais marcantes foram o tipo físico e a pelagem. Do Pequinês e, quem sabe, também do Pug, o focinho curto e s olhos grandes e redondos. Como função, apenas de fazer companhia aos donos. Não se sabe exatamente a data em que a raça surgiu, mas acredita-se que não tenha sido muito posterior à formação do Lhasa.
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No século 19, ambas foram levados para a Grã-Bretanha, famosa por acolher raças caninas provenientes de regiões sem tradição cinófila. Caso do Lhasa e do shih tzu. São os britânicos que formulam o padrão dos dois e que respondem por eles perante a Federação Cinológica Internacional (FCI). Sobre o local de origem das duas raças, a FCI o atribui ao Tibete. No caso do lhasa, é inquestionável. Quanto ao Shih tzu, sua relação com o Tibete se restringe ao fato de ser a terra-mãe de um de seus ancestrais. A raça, em si, pelo que conta a história, apareceu na região de Pequim, sede do palácio imperial chinês.
Fonte: Revista Cães & Cia

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